culturas negras no mundo atlântico



sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de africanos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas_estéticas em movimento.
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quem sou eu

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antropóloga, viajante e fotógrafa amadora, registro cenas do cotidiano em cidades negras das américas do norte e do sul, caribe, europa, áfrica e brasil, sobre as quais pesquiso, escrevo e realizo mostras audiovisuais. meu porto principal é salvador da bahia onde moro. Goli edits the blog www.terceiradiaspora.blogspot.com from Bahia Salvador, is a traveller and amateur photographer who recorded scenes of daily life in the atlantic cities about which she writes and directs audiovisual shows. She has a post-doctorate in urban anthropology and is the author of the book "The Plot of the Drums - african-pop music from Salvador" and "Third Diaspora - black cultures in the atlantic world".

segunda-feira, 30 de abril de 2012

trabalho e fé

 
 
 
sapateiros da medina de dakar, 2009

domingo, 29 de abril de 2012

o super-homem


"sempre há limites. eu não conheço os meus". usain bolt

quarta-feira, 25 de abril de 2012

cenas cubanas

 
 


 O cineasta e escritor Julio Garcia Espinosa propagou sua tese do cinema imperfeito. Dizia ele: "hoje em dia um cinema perfeito - técnica e artisticamente realizado - é quase sempre um cinema reacionário". A expressão imperfeito era o termo mais radical da impotência de fazer cinema e a necessidade de estimular a produção com os meios que tinham, através da máxima glauberiana: "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça". Outra acepção de imperfeito era não se submeter à ditadura estética e narrativa norte-americana, diria Godard. [Marcelo Adifa].

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

outras escritas


escrita árabe do marrocos

alfabeto da libéria

sábado, 21 de abril de 2012

tecelagem luminosa


didara, grife da estilista baiana goya lopes

sexta-feira, 20 de abril de 2012

carnaval nas canárias

desfile carnavalesco, ilhas canárias
fotos gentilmente cedidas por annie sidro

quinta-feira, 19 de abril de 2012

escrevendo estéticas

paulina chiziane, escritora moçambicana

“Não penso que possamos dizer que temos uma literatura moçambicana, ou seja que se identifique como tal. Nós estamos todos os dias à procura de estéticas de isto ou daquilo para escrevermos ou para abordarmos a literatura. Os nossos modelos de aprendizagem ainda são os europeus. Até que ponto nos esforçamos por fazer reviver a estética tradicional moçambicana?"

quarta-feira, 18 de abril de 2012

milton santos


o geógrafo milton santos


“Estou querendo chamar a atenção para o fato de que a atual globalização exclui a democracia. A globalização é, ela própria, um sistema totalitário. Estamos em um mundo que nos reclama obediência. Uma frase que se ouve com grande frequência, quando reclamamos de algo é: ‘O senhor é o primeiro a reclamar’. Vocês nunca ouviram isso? Há um totalitarismo na vida cotidiana, que inclui o trabalho intelectual. Não é só no trabalho não-intelectual, não é só na fábrica, que o totalitarismo está presente. Também no chamado setor de serviços. E a universidade é um exemplo formidável desse totalitarismo. Todos os dias somos solicitados a cumprir os regulamentos, as normas... Mas é exatamente a norma que se opõe a essência do trabalho intelectual” [Milton Santos].

segunda-feira, 16 de abril de 2012

black history


fotografias do livro de paul gilroy.
uma história fotográfica do mundo negro britânico.

domingo, 15 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

nsibidi



alfabeto nsibidi

“Esse sistema complexo de pictogramas e ideogramas, conhecido como ‘nsibidi’ (ou ‘nsibiri’), é utilizado tradicionalmente na região do Cross River no sudeste da Nigéria, particularmente entre os Ekoi, Igbos e Ibibio. Reservados sobretudo à sociedade masculina ‘Ekpe’ (ou ‘Egbo’), a maior parte dos usos do ‘nsibidi’ são guardados secretamente pelos seus membros. Entretanto, o sistema é conhecido por ter usos muito variados, indo da guerra à magia. Ele inclui a combinação de signos para narrar, por exemplo, as querelas de amor. Os símbolos ‘nsibidi’ podem ser gravados em cabaças, pintados sobre os muros, impressos nos tecidos tatuados ou pintados no corpo humano” [David Dalby].


a diáspora de paul gilroy

paul gilroy, criador do termo atlântico negro

“Sob a ideia chave da diáspora, nós poderemos então ver não a ‘raça’, e sim formas geopolíticas e geoculturais de vida que são resultantes da interação entre sistemas comunicativos e contextos que elas não só incorporam, mas também modificam e transcendem” [Paul Gilroy].

kuduro


alagados, salvador, 2010


“Com muita modéstia, nós somos os pioneiros em tentar explicar o canto, a dança, a coreografia e fazer com que as pessoas descubram o kuduro que está dentro de você. Do garoto de cinco anos à senhora que está passando aqui, de setenta e poucos diz. Kuduro é um ritmo sensual e empolgante surgido há mais de dez anos na periferia de Luanda, capital de Angola. ‘Kuduro é o beat mais acelerado de raiz africana’, comenta o DJ Panafricano. À batida acelerada, juntam-se passos de break, remelexos, trancos com os ombros e jogo acelerado de pernas. De preferência, tudo na rua” (Iuri Rubim in: Blog das ruas).

hip hop em movimento

fonte: correionagô

comida de rua e jeito de corpo


festival de vodum, uidá, benin, 2008

terça-feira, 10 de abril de 2012

nollywood




De longe, o cenário econômico da Nigéria não sugere uma indústria cinematográfica vigorosa, mas ela existe e é a terceira maior do mundo perdendo apenas para Hollywood (EUA) e Bollywood (Índia). Isso em termos de faturamento, pois em termos de títulos, fala-se em torno de 2000 por ano. É muito DVD, sim porque não há salas de cinema em Lagos, Ifé ou Abuja (a atual capital do país). O mercado acontece através da pirataria. Os produtores distribuem seus filmes diretamente nos camelôs, encarregados de abastecer os potenciais 155 milhões de consumidores. É um cinema de massa, pois as narrativas têm estética local podendo atrair todas as etnias que compõem o país. Com orçamento mínimo gasto em cerca de dez dias de filmagem, os DVDs têm público garantido nos EUA e Inglaterra países com imensas comunidades nigerianas. Nollywood é um fenômeno do início dos anos 1990 e não para de se desenvolver. Em 2003, Osuofia in London teve recorde de vendagem dando origem a Osuofia 2 rodado em 2004, o filme foi visto em grande parte do continente africano, além de ter alcançado público expressivo na Europa e nos Estados Unidos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

cabelos, sempre



detalhes do mundo dos salões de beleza em dakar, 2009

terça-feira, 3 de abril de 2012

ângulos senegaleses


dakar vista da ilha de goré

ilha de goré vista de dakar

“Toda a noite, Climbié não desejou dormir. Queria avistar Dakar desde longe. (...) Eram cinco horas quando seu vizinho o acordou gritando: ‘Chegamos!’ Climbié (...). O navio estava atracado. Muitas luzes vinham de outras embarcações. O mar estava calmo, mais calmo que uma lagoa. — O que são esses fogos azuis e vermelho? —A entrada do porto. (...) — Mas deve ser uma grande cidade, com todas essas luzes...

— E Goré?

— Goré é aquilo que você vê ali.

— Como? É isso Goré? Diz Climbié indicando com o dedo (...). Então foi por este minúsculo ponto de terra que os estados europeus se bateram durante anos, em sua competição na África?” [Bernard Dadié. Un négre à Paris. Paris/ Dakar, Presence africaine, 1959, p. 7.].

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